Sunday, March 30, 2008

De volta pra casa...


Após tanto tempo deixando meu bloguinho às traças, retorno ao “lar”. Ambos.

Na ida foi uma tortura de tanta ansiedade... De St Louis até Whitehorse são exatas 23 horas de viagem, entre vôos e espera. Desembarcando em Vancouver (conhecido como o pior serviço de Imigração de todos os portos de entrada do país) fiquei “presa” por 2 horas – resumi no post anterior -, me sentindo A Terrorista, pelo tratamento recebido. A explicação pra tanta rigidez: quantidade crescente de imigrantes ilegais no Canadá... Maior parte vindo do Brasil (!!!!!), e uma pequena parte vindo de Portugal e México. Em um vôo lotado de não-canadenses e que também não portavam nenhum visto de imigrante (portanto poderiam ter sido todos barrados), fui a única a ficar lá – coincidentemente a única brasileira -, com 2 mulheres super mal-humoradas e duras. Apesar disso, não me sinto nenhuma coitadinha e tampouco irei escrever mal sobre eles. Foi horrível? Foi, pra mim sim, mas também foi ótimo. Estão cuidando do próprio país. Acho demais isso! :-) Por quase uma semana inteira o B. ficou pedindo desculpas pela forma que fui tratada, mas foi algo que mais me estressou (estava com medo de voltar pros EUA sem vê-lo) do que qualquer outra coisa... Por lei só podem reter o passaporte de qualquer um que seja, independente do país, por 30 minutos; o meu ficou retido com eles por 2 horas. Isso sim me irritou!

Ok. Cheguei em Whitehorse, friiiiiiiio demais da conta, neve, neve, neve, neve, neve... E neve! Uma cidade maravilhosa entre as montanhas, muita natureza, excelente pra explorar,... Mas frio! -23C, -30C, -35C na primavera é dose! Não posso reclamar, fui ciente de que são 9 meses de inverno por ano... Quem tiver Orkut me adiciona no fake (se quiser, claro) que depois vou colocar fotos da viagem. http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=13679892714844115804

Dias depois, fomos pra Vancouver, onde conheci os amigos dele. Exploramos cada centímetro daquela cidade magnífica, nos divertimos demais... Claro que houveram probleminhas, mas tudo foi superado. Problema número 1: uma taiwanesa (irmã da esposa de um dos melhores amigos dele – moram todos na mesma casa) que ficou dando em cima dele na minha frente, de forma descarada. O B. não é nenhum príncipe encantado (pra mim pode ser, mas encarando a realidade, pro resto do mundo ele passa longe disso!), mas “zinhas” não se importam com isso, e sim com outras coisas. Ela insistiu tanto que ele não teve como dizer não. Folgada!!! Ninguém convidou e nem sequer deu a idéia que estávamos aceitando companhia de quem quer que seja... Fiquei aturando ela até a irritação ser bem visível, daí preferi não dar vexame ou dar brecha pra acharem que estava com ciúmes e deixei ele, fui embora... Ou iria, essa era a idéia, mas não lembrava do endereço então fui pro banheiro hahaha Como uma forma de “compensar”, fomos até Whistler 2 dias depois, dessa vez só nós dois. Uma senhora já bem idosa ficou nos observando de longe, depois se aproximou e disse, com um sorriso no rosto, que eu sou perfeita pra ele hehe Bizarro, mas gostei! :-) Problema número 2: a irmã da “zinha” ficou empurrando ele pra irmã dela, e ela pra ele, sempre tentando me anular, fazendo insinuações... Mas o marido dela gostou de mim, e ele é o amigo do B., não ela. Com ele não tive problemas algum, muito pelo contrário, e o mesmo ocorreu com todos os outros. Nos demos super bem. Ficaram super animados com o B. estar falando português BEM melhor (fala muito - e bem - porém continua escrevendo quase nada, mas já entende bastante. Entendeu quase tudo - cerca de 90% - que escrevi pra minha família, numa carta) e com a possibilidade de eles aprenderem/praticarem também, o que abre ainda mais portas, sendo através de um novo curso feito no Brasil, ou podendo se comunicar com os brasileiros que não falam nada de inglês. :-) Ou apenas aproveitar melhor as férias no Brasil, sem precisar de tradutor.

Hoje na volta aos EUA ao contrário do que ocorreu na ida, fui suuuuuuuuuuuuuuper bem tratada. Por não ser cidadã americana tive que esperar eles checarem meus documentos. A surpresa começou quando me ofereceram, gentilmente, para sentar. Depois começaram a vir outros oficiais enquanto estavam verificando se meu passaporte e visto são verdadeiros (passaporte brasileiro é o mais fácil de se falsificar, com isso o cuidado das autoridades é triplicado), e ao invés de interrogar, sentar e conversar... Sobre meus doces favoritos, Brasil, se pretendo extender meu visto, viajar sozinha, dividimos os doces que eu estava trazendo na minha bolsa, etc... 40 minutos sendo “paparicada”, não poderia haver recepção melhor! :-D Depois de ter os documentos verificados, me deram as Boas-vindas, ajudaram a carregar minhas malas até a esteira da segurança, pediram pra companhia “segurar” o avião pra mim, por isso não perdi o vôo... :-D Antes eu ficaria aliviada ao receber esse tratamento ao chegar em território americano, hoje é uma tortura... Ouvir “Welcome home” ao invés de “Good morning; Bonjour” me traz à realidade: estou longe dele... De novo! :-(

Antes da viagem emagreci bastante, mas durante engordei, provavelmente tudo que emagreci. Não vou me desesperar, e sim emagrecer tudo de novo. Vou recomeçar amanhã... Sopas, sucos, e só. Me sinto inchada, imensa... :-(

Na foto: Jessica Stam, modelo canadense.

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