Sunday, February 10, 2008

Espelho, espelho meu...


Como não consegui postar no dia 8, tive que esperar até hoje, dia 10, para escrever algo. Para quem ainda não percebeu, só posto a cada dois dias, nunca 1 ou 3. :-)

Nesses últimos 4 dias fiquei oscilando... Controle, descontrole, controle, descontrole... Só que bem menos pior que minha última compulsão aqui citada. Acho que engordei e devo ter voltado aos 63kgs, mas, curiosamente, não estou inchada. Sempre que como mais (mesmo que pouco) pareço um balãozinho a gás, que vai inchando, inchando, inchando... hehehe Estranho! Mas a minha vida É estranha, por isso o nome do blog. Verei amanhã pela manhã o tamanho do estrago. De qualquer forma, não estou e nem irei me desesperar, sei que consigo chegar aonde quero. Já consegui várias outras vezes.

Fui ao cinema ontem com a Christine e assistimos “Fool’s Gold”. Depois, fomos ao Target e comprei Centrum mastigável para os dias de NF (sempre passo mal com o comprimido batendo no estômago vazio), Alli (120 cápsulas - Orlistat, mesmo princípio ativo do Xenical, porém em metade da quantidade, apenas 60mg), uma meia-calça e 2 DVDs (“The Queen” e “Girl, Interrupted”). Na volta, ela parou no McDonald’s para almoçarmos. Ela, 2 hamburguers com refrigerante; eu, Caesar salad sem frango e sem molho (90 calorias) e nada para beber (comprei água, mas não para tomar junto com o almoço), só que não consegui terminar de comer, a porção era muito grande! Só em compulsão comeria tanto... Normalmente não aguento e passo mal.

Fomos fazer compras, procurei por patins mas não achei nenhum que me agradasse (porém achei várias coisas legais para presentear o B. no aniversário dele, daqui 2 semanas), e paramos no Starbucks para tomar algo. Ela, um chocolate quente no tamanho venti (uns 700ml), e eu 207ml de smoothie de morango com banana (70 calorias). Viemos para minha casa, assistimos “Memórias de uma Gueixa”, e logo após ela foi embora. Comi meia maçã (já tinha comido metade de manhã cedo).

Já hoje, 7 barrinhas de chocolate (90 calorias cada), um pacote inteiro de biscoitos amanteigados, suco de laranja, maçãs, cereal... E a lista continua... Ridículo.

Mesmo com tudo isso, ouvi comentários o dia todo “Como você emagreceu! Seus casacos estão todos folgadíssimos, especialmente no braço”, “Você é tão saudável... Como faz?” (esse é incrível! Hahaha), “Tá linda! Qual seu segredo?”. :-D

Também comprei "Wasted" ("Dissipada"), de Marya Hornbacher. Já comecei a ler... Não sabia que ela mora até hoje aonde euzinha morava poucos meses atrás. Minneapolis, estado de Minnesota, norte dos EUA, fronteira com o Canadá, estado mais frio do país (não, Alaska não é o mais frio - para aqueles que ainda têm o Alaska como um lugar frio, escuro e que neva todos os dias do ano. É ao norte, mas não é tão frio, apenas a parte polar, onde NINGUÉM vive).

Sobre os filmes:



Memoirs of a Gueisha (Memórias de uma Gueisha) - http://www.imdb.com/title/tt0397535/


Sobre a autora:
Em inglês:
http://maryahornbacher.com/ (website oficial)

Sobre o livro:
Em inglês:

Em português (colocarei um texto retirado da Veja, mas pode-se achar bem mais no Google):


Começou de repente, sem nenhum motivo aparente. "Num minuto eu era a menina-padrão de 9 anos. No minuto seguinte, estava entrando no banheiro, fechando a porta, segurando as tranças com uma das mãos, enfiando dois dedos na garganta e vomitando até cuspir sangue." A descrição é da americana Marya Hornbacher, de 32 anos, que aos 23 escreveu a autobiografia Dissipada, lançada no Brasil pela Editora Record. É a história de uma longa batalha contra a anorexia e a bulimia. As memórias de Marya lançam luz sobre as causas mais evidentes dos distúrbios alimentares – os traços de personalidade que conduzem ao problema, o histórico familiar complicado e as influências culturais que impõem a ditadura da magreza. "Muita gente se move perfeitamente entre a bulimia e a anorexia, dividida entre dois amantes. Foi o que fiz", conta. Ao longo de treze anos, ela oscilou entre 23 e 61 quilos – seu peso aumentava um pouco, depois caía em queda livre. Foi hospitalizada seis vezes. Aos 12 anos, estava vomitando quase que diariamente havia pelo menos três. Fazia isso de duas a três vezes por dia. Aos 15 anos, estava anoréxica. Marya abusou de estimulantes e álcool, usou drogas pesadas e teve episódios de automutilação. Em 1994, aos 20 anos, tentou suicídio.

"No chuveiro, ficava sentindo os ossos na parte inferior das minhas costas. Eu segurava meus ossos pélvicos como se fossem machadinhas gêmeas", relembra. Numa das descrições mais impressionantes, ela conta alguns artifícios usados para vomitar sem ser notada e até para saber quanto de comida estava pondo para fora: "Ligo a torneira no máximo para encobrir as ânsias e o barulho do vômito, torcendo muito para que as paredes sejam grossas e ninguém consiga ouvir nada". Marya relata, ainda, como usava um tipo de salgadinho para saber se havia vomitado toda a comida ingerida pouco antes: "Os Doritos. Você os come primeiro para saber se tudo saiu". Para simular a sensação de saciedade e ao mesmo tempo manter o peso baixo, Marya bebia litros e litros de água. No auge do descontrole, comia apenas 320 calorias por dia, metade do reservado aos presos nos campos de concentração nazistas. "A certa altura, um transtorno alimentar deixa de ser 'por causa de' alguma coisa. Deixa de ser por causa da sua família ou da sua cultura. Muito simplesmente, ele se torna um vício não apenas emocional, mas químico." Escrava de si mesma, ela conseguiu finalmente escapar desse círculo aprisionante. "Cansei de ser tão chata. Ocorreu-me que era clichê morrer de fome. Todo mundo estava fazendo a mesma coisa", escreve. Marya não se considera curada. Diz que ela e a doença convivem num estado de antagonismo mútuo, num enfrentamento permanente. Com uma diferença em relação ao passado: "Sou capaz de viver dia após dia, independentemente do fato de, numa manhã, ter a impressão de que o meu traseiro aumentou drasticamente durante a noite".

6 comments:

netotchka said...

Ai amiga compulsão é terrivel, mas amanha você pega firme e recomeça tudo! Você é forte, consegue superar isso e compensar!
Eu estou faminta :( não vejo a hora que o dia acabe de uma vez pra nao correr o risco de comer uma coisinha que seja!!!
Bem amiga você sabe o quanto te adoro, depois vou ler a matéria da veja com mais calma, e volto a comentar aqui.

Beijos.

Juliana said...

Gostei da passagem do livro que vc colocou.... eu não quero entrar nessa de anorexia ou bulemia, eu quero perder um tanto x de peso o mais rapido possivel e depois procurar ajudar de uma nutricionista, pq eu sei que os riscos de entrar nesse ciclo sao grandes e as consequencias sao pessimas para a saude. por isso eu nao faço nf e nem lf de muito baixa caloria, exceto por esses 5 dias para compensar o que eu comi na festa... preciso compensar isso.
tb estou adorando te conhecer.
vc parece ser bem lucida e eu gosto disso nas pessoas.
boa sorte na luta diaria e eu sei que vc consegue.
beijos

Anonymous said...

olha,não fica assim...
todas temos nossos dias ruins!
beiijos,tô link.

Crash said...

Eu lembro dessa matéria da veja... é na mesma que tinha a Carol Reston, eu lembro que roubei da minha mãe e guardei nas minhas coisas.. hehehehehe. (que bobo!)
Quero ler esse livro ainda...

Seu blog está lindo!
E como sempre, textos interessante e bem escritos =] Adoooro!

beijos linda
se cuida!!
=*********

Anna Dark said...

Nossa Malu, me deu um frio na espinha quando vc disse aquilo no blog.

Não consigo nem forçar imaginar alguém te fazendo um tamanho mal como esse. Logo vc que é tão delicada... sabe?

Meio que me dói fisicamente por saber o quanto deve ter sido cruel a reação dele.

Como vc procedeu?

Quanto ao seu post, me identifiquei muito com o controle descontrole. Em um dia, maçã e água, no outro pacotes de bolacha, comidas calóricas listas infindáveis.

Outra coisa que me identifiquei foi o que vc falou de utilizar o método compensatório do Jejum ao invés de miar ou tomar laxantes. Faz mto tempo (graças a Deus) que n tenho grandes compulsões, mas tenho evitado muito miar (faz mais de 1mes que não mio) porque isto estava me ralando psicologicamente mesmo.

Malu, querida, eu tenho por vc um grande carinho. Gosto mesmo de tu e não é da boca pra fora que digo que podes contar sempre comigo.

Um beijo bem grande, visse?

Ah! Adorei as indicações dos livros e filmes!

:o)

Skinny said...

Menina, adorei a resenha do livro, hein! vou procurar por aqui, mas parece que há um complô contra a venda deste tipo de livro, um saco.
Escuta, vc já leu "medicina alternativa de A a Z"? Eu to fissurada nesse livro, é fantástico. Tem pra baixar aqui, oh: http://w13.easy-share.com/5847161.html
Eu gostei tanto que quero um exemplar pra consultas rápidas, e pq a fotografia parece uma obra de arte.

Não se desespere com as compulsões (sei que vc não se desespera, hehehe) pq elas são, às vezes, necessárias: fazem vc retomar a disciplina de uma forma assustadora.

Beijos, e se precisar...já sabe!

;*